O MACACO E A VELHA
Adoro esta história cantada, lembra minha infância, sei cantá-la até hoje!
O MACACO E A VELHA
Uma velha muito velha
Chamada Firinfinfelha
Tinha um lindo bananal
No fundo do seu quintal
Mas a coitada da velha
Poucas bananas comia
Pois o macaco Simão
Roubava todas que havia
- Macaco Simão, macaco ladrão! (bis)
Um dia a Firinfinfelha
Cansada de ser roubada
Teve uma ideia de noite
E acordou de madrugada
Comprou na loja da esquina
Vários quilos de alcatrão
Com eles fez um boneco
Pretinho como um tição
- Boneco valente! Parece ser gente! (bis)
Pôs um grande tabuleiro
Na cabeça do negrinho
Cheio de lindas bananas
Escolhidas com carinho
Levou depois o boneco
Para o fundo do quintal
E lá o deixou repintado
No meio do bananal
- Macaco Simão, vai ver a lição! (bis)
E mal a Firinfinfelha
Voltou para o seu trabalho
Lá veio o mestre Macaco
Pulando de galho em galho
Quando avistou o boneco
Fez uma cara zangada
E dedilhando a viola
Cantou esta batucada
- Que moleque sem vergonha
Que muleque mais ladrão
Roubando minhas bananas
Sem me dar satisfação
Bililim bililim
Bololom bololom
Ninguém deve roubar
O macaco Simão (bis)
Mal terminou a cantiga
Coçou-se no reco-reco
Pôs a viola no saco
Foi enfrentar o boneco
E agora, meus amiguinhos
Prestem bastante atenção
À conversa do macaco
Com o boneco de alcatrão
- Ô moleque atrevido
Ô moleque ladrão
Me dá minha banana
Ou lá vai bofetão
- Banana é dá velha! Boneco dá não!! (bis)
- Então (puf!) (cócócó)
- Tá vendo macaco
Peguei sua mão
Ficou bem grudada
No meu alcatrão (bis)
- Ô moleque atrevido
Ô negrinho guiné
Me solta esta mão
Ou lá vai pontapé
- Não solto ela não que a velha não quer! (bis)
- Então (puf!) (cococó)
- Tá vendo macaco
Macaco lelé
No meu alcatrão
Grudei o seu pé (bis)
- Ô moleque negrinho
Da velha malvada
Me soltas o pé
Ou lá vai cabeçada
- Não solto, que a velha tá muito zangada! (bis)
- Então (puf!)
- Tá vendo macaco
Macaco danado
Agora ficou
Todinho grudado (bis)
De fato o pobre macaco
Pobre macaco Simão
Acabou todo grudado
No boneco de alcatrão
Então, a Firinfinfelha
Saindo do seu barraco
Pegou num grande chicote
Deu de surrar o macaco
- Apanha macaco
Macaco Simão
Apanha macaco
Macaco ladrão!
E só parou de surrar
Quando o macaco Simão
Dando três pulos pro lado
Desgrudou-se do alcatrão
E lá ficou desmaiado
Estatelado no chão
Enquanto a velha cantando
Voltou para o barracão
- Aprende macaco
Lição acertada
Ladrão de banana
Apanha pancada
Quando o macaco acordou
Pensou surrar o negrinho
Mas teve medo da velha
E lá se foi de mansinho
Com o corpo todo doído
Chorando como criança
Porém na sua cabeça
Planejava uma vingança
- Tou todo doído
Tou todo quebrado
Mas Firinfinfelha
Me paga dobrado (bis) (chuif!)
Falou com outros macacos
E muito bicho do mato
Pra ver se algum lhe ensinava
Uma vingança de fato
Achou porém muito fracas
Nenhuma delas servia
Até que certa manhã
Ouviu uma cantoria
- Nós somos os caçadores
Os reis de toda floresta
Matamos hoje um leão
Por isso estamos em festa
Leão temido e valente
Leão malvado e feroz
Com sua pele faremos
Tapete pra todos nós
De fato a pele do bicho
Ao sol estava secando
E quando a viu, o macaco
Desceu do galho pulando
Pois nela estava a vingança
Vingança do arco-da-velha
Para acabar de uma vez
Com a velha Firinfinfelha
- Agora que a velha
Vai ver o que eu digo
Macaco zangado
É mesmo um perigo (bis)
Olhou de um lado e de outro
Olhou, olhou, ninguém viu
Pulou então no terreiro
Pegou a pele e fugiu
Entrou depois dentro dela
Que monstro! Que sensação!
Porque ficou com dois rabos
Um dele, outro do leão
- A velha vai ver
Que eu tenho razão
Macaco zangado
Pior que leão (bis)
De sua grande vingança
Chegara o dia afinal
Pulou o muro da velha
E se escondeu no quintal
E quando a velha chegou
No meio do bananal
Soltou um urro terrível (Uhgraurrr!)
E deu o bote fatal
- Socorro vizinhos, senão não escapo!
- Sossegue velhinha! Você está no papo!
- Socorro vizinhos, senão não escapo!
- Sossegue velhinha! Você está no papo!
A velha Firinfinfelha
Levou um susto tremendo
Botou a boca no mundo
E quis livrar-se correndo
Tentou fugir para casa
Porém naquele alvoroço
Não viu direito o caminho
E caiu no fundo de um poço
- Socorro vizinho
Socorro seu moço
Senão eu me afogo
No fundo do poço! (bis)
Mas, vendo aquilo, o macaco
De medo ficou sem fala
Queria assustar a velha
Mas não queria matá-la
Saiu de dentro da pele
Foi procurar um cipó
Enquanto a velha gritava
Gritava que dava dó
- Socorro! Me acode! Me tira daqui!
- Aguenta velhinha! Que eu já vou aí!
- Socorro! Me acode! Me tira daqui!
- Aguenta velhinha! Que eu já vou aí!
Não encontrou o cipó
Mas encontrou solução
Quando avistou junto ao poço
Lindo pé de jamelão
Subiu por ele depressa
Pegou no galho mais grosso
Espichou bem o rabo
Até o fundo do poço
- Macaco, me acode, senão eu me acabo!
- Então minha velha, pendura no rabo!
- Macaco, me acode, senão eu me acabo!
- Então minha velha, pendura no rabo!
Quando os vizinhos chegaram
no meio do bananal
Viram todos com surpresa
Uma cena original
Num galho, o mestre macaco
Fazendo força danada
Trazendo a Firinfinfelha
No rabo dependurada
- Que cena acanhada
Que cena engraçada
Um macaco com a velha
No rabo grudada (bis)
Porém, depois desse dia
As coisas muito mudaram
Simão e a Firinfinfelha
Até amigos ficaram
Porque se a Firinfinfelha
Surrou o macaco Simão
Quase ele mata a velhinha
Com a pele do leão
- Que coisa bonita
Digamos amém!
A velha e o macaco
Trocaram de bem
E tão amigos ficaram
Que a velha em vez de pancadas
Dava-lhe muitas bananas
E mesmo algumas cocadas
Só não ficava contente
Quando o macaco Simão
Ao som da sua viola
Cantava aquela canção
- Sinhá velha me enganou
Com o boneco de alcatrão
Enganei a sinhá velha
Com a pele de leão (bis)
Bililim bililim
Bololom bololom
Ninguém deve enganar
O macaco Simão.
COLAGEM COM PRATO DESCARTÁVEL
Não funciona mais o link para download :-(
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