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Professora graduada no Curso Normal Superior pela Universidade de Uberaba-MG,pós-graduada em Coordenação Pedagógica-UFOP-MG, atuando na área de Ensino Fundamental e Médio.

terça-feira, 24 de setembro de 2019


A PIPA E A FLOR



A PIPA E A FLOR

Era uma vez uma pipa.

O menino que a fez estava alegre e imaginou que a pipa também estaria. Por isso fez nela uma cara risonha, colando tiras de papel de seda vermelho: dois olhos, um nariz, uma boca...
Ô pipa boa: levinha, travessa, subia alto...
Gostava de brincar com o perigo, vivia zombando dos fios e dos galhos das árvores.
- “Vocês não me pegam, vocês não me pegam...”
E enquanto ria sacudia o rabo em desafio.
Chegou até a rasgar o papel, num galho que foi mais rápido, mas o menino consertou, colando um remendo da mesma cor.
Mas aconteceu que num dia, ela estava começando a subir, correndo de um lado para o outro no vento, olhou para baixo e viu, lá num quintal, uma flor. Ela já havia visto muitas flores. Só que desta vez os seus olhos e os olhos da flor se encontraram, e ela sentiu uma coisa estranha. Não, não era a beleza da flor. Já vira outras, mais belas. Eram os olhos...

Quem não entende pensa que todos os olhos são parecidos, só diferentes na cor. Mas não é assim. Há olhos que agradam, acariciam a gente como se fossem mãos. Outros dão medo, ameaçam, acusam, quando a gente se percebe encarados por eles, dá um arrepio ruim elo corpo. Tem também os olhos que colam, hipnotizam, enfeitiçam...

Ah! Você não sabe o que é enfeitiçar?!
Enfeitiçar é virar a gente pelo avesso: as coisas boas ficam escondidas, não têm permissão para aparecer; e as coisas ruins começam a sair. Todo mundo é uma mistura de coisas boas e ruins; às vezes a gente está sorrindo, às vezes a gente está de cara feia. Mas o enfeitiçado fica sendo uma coisa só...

Pois é, o enfeitiçado não pode mais fazer o que ele quer, fica esquecido de quem ele era...
A pipa ficou enfeitiçada. Não mais queria ser pipa. Só queria ser uma coisa: fazer o que a florzinha quisesse. Ah! Ela era tão maravilhosa! Que felicidade se pudesse ficar de mãos dadas com ela, pelo resto dos seus dias...

E assim, resolver mudar de dono. Aproveitando-se de um vento forte, deu um puxão repentino na linha, ela arrebentou e a pipa foi cair, devagarzinho, ao lado da flor.
E deu a sua linha para ela segurar. Ela segurou forte.
Agora, sua linha nas mãos da flor, a pipa pensou que voar seria muito mais gostoso. Lá de cima conversaria com ela, e ao voltar lhe contaria estórias para que ela dormisse. E ela pediu:

- “Florzinha, me solta...” E a florzinha soltou.
A pipa subiu bem alto e seu coração bateu feliz. Quando se está lá no alto é bom saber que há alguém esperando, lá embaixo.
Mas a flor, aqui de baixo, percebeu que estava ficando triste. Não, não é que estivesse triste. Estava ficando com raiva. Que injustiça que a pipa pudesse voar tão alto, e ela tivesse de ficar plantada no não. E teve inveja da pipa.
Tinha raiva ao ver a felicidade da pipa, longe dela... Tinha raiva quando via as pipas lá em cima, tagarelando entre si. E ela flor, sozinha, deixada de fora.
- “Se a pipa me amasse de verdade não poderia estar feliz lá em cima, longe de mim. Ficaria o tempo todo aqui comigo...”
E à inveja juntou-se o ciúme.
Inveja é ficar infeliz vendo as coisas bonitas e boas que os outros têm, e nós não. Ciúme é a dor que dá quando a gente imagina a felicidade do outro, sem que a gente esteja com ele.
E a flor começou a ficar malvada. Ficava emburrada quando a pipa chegava. Exigia explicações de tudo. E a pipa começou a ter medo de ficar feliz, pois sabia que isto faria a flor sofrer.
E a flor aos poucos foi encurtando a linha. A pipa não podia mais voar.
Via ali do baixinho, de sobre o quintal (esta essa toda a distância que a flor lhe permitia voar) as pipas lá em cima... E sua boca foi ficando triste. E percebeu que já não gostava tanto da flor, como no início...
Essa história não terminou. Está acontecendo bem agora, em algum lugar... E há três jeitos de escrever o seu fim. Você é que vai escolher.
Primeiro: A pipa ficou tão triste que resolveu nunca mais voar.
- “Não vou te incomodar com os meus risos, Flor, mas também não vou te dar a alegria do meu sorriso”.
E assim ficou amarrada junto à flor, mas mais longe dela do que nunca, porque o seu coração estava em sonhos de vôos e nos risos de outros tempos.
Segundo: A flor, na verdade, era uma borboleta que uma bruxa má havia enfeitiçado e condenado a ficar fincada no chão. O feitiço só se quebraria no dia em que ela fosse capaz de dizer não à sua inveja e ao seu ciúme, e se sentisse feliz com a felicidade dos outros. E aconteceu que um dia, vendo a pipa voar, ela se esqueceu de si mesma por um instante e ficou feliz ao ver a felicidade da pipa. Quando isso aconteceu, o feitiço se quebrou, e ela voou, agora como borboleta, para o alto, e os dois, pipa e borboleta, puderam brincar juntos...
Terceiro: a pipa percebeu que havia mais alegria na liberdade de antigamente que nos abraços da flor. Porque aqueles eram abraços que amarravam. E assim, num dia de grande ventania, e se valendo de uma distração da flor, arrebentou a linha, e foi em busca de uma outra mão que ficasse feliz vendo-a voar nas alturas.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

DIA DA CRIANÇA E DIA DO PROFESSOR



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A Força do Professor 


Um guerreiro sem espada
sem faca, foice ou facão
armado só de amor
segurando um giz na mão
o livro é seu escudo
que lhe protege de tudo
que possa lhe causar dor
por isso eu tenho dito
Tenho fé e acredito
na força do professor.

Ah... se um dia governantes
prestassem mais atenção
nos verdadeiros heróis 
que constroem a nação
ah... se fizessem justiça 
sem corpo mole ou preguiça
lhe dando o real valor 
eu daria um grande grito
Tenho fé e acredito
na força do professor.

Porém não sinta vergonha
não se sinta derrotado
se o nosso país vai mal
você não é o culpado
Nas potências mundiais
são sempre heróis nacionais
e por aqui sem valor
mesmo triste e muito aflito
Tenho fé e acredito
na força do professor.

Um arquiteto de sonhos
Engenheiro do futuro 
Um motorista da vida
dirigindo no escuro
Um plantador de esperança
plantando em cada criança 
um adulto sonhador
e esse cordel foi escrito
por que ainda acredito
na força do professor.

                       Bráulio Bessa

FONTE:https://www.recantodasletras.com.br

A todos os colegas Professores, o meu carinho e afeto pela honrada profissão!

quinta-feira, 12 de julho de 2018


SEQUÊNCIA DIDÁTICA 

LIVRO:FLOR DE MAIO-PARTE II


https://www.travessa.com.br/flor-de-maio/artigo
·   
Texto: Flor de Maio
Maria Cristina Furtado ( Adaptação )

A borboleta nascera sem um pedaço das asas. Não podia andar, não podia voar. Ficou ali, na beira do caminho, desesperada e chorando muito, até aparecer uma formiga:
- Que aconteceu, linda borboleta? Por que você está chorando tanto?
- Jogaram inseticida em meu casulo. Não morri, mas minha asa cresceu defeituosa, por isso não consigo voar e muito menos andar, pois perco o equilíbrio e caio.
Antes que a formiga dissesse qualquer coisa, chegou junto delas uma cigarra tocando viola e cantando. A formiga narrou para a recém-chegada a trágica história da borboleta e a cigarra logo encontrou uma maneira de ajudar.
- Vamos procurar uma varinha e fazer dela uma muleta, para que nossa nova amiguinha possa andar. Depois nós a levaremos ao Doutor Grilo, a fim de que ele conserte sua asa.
Assim fizeram. Porém, o Doutor Grilo nada pôde fazer para a infeliz e recomendou-lhes que fossem à procura de um mágico que morava no alto da montanha.
- Talvez ele consiga sará-la, mas, para chegar até ele, vocês têm que superar o medo.
- O medo! – se espantaram. – Mas como?
- Ele tem um grande e esperto sapo que devora qualquer inseto que por lá aparece. O sapo sente cheiro de medo e, através de seu faro apuradíssimo, descobre o invasor e devora-o.
- Vamos desistir – disse a borboleta.
- De jeito nenhum, estamos tentando salvá-la e conseguiremos – disseram, por sua vez, a formiga e a cigarra.
Não quero arriscar a vida de vocês. Já fizeram muito por mim. Com essa muleta poderei andar e conseguir alimento.
- Nem pense nisso. A vida de uma borboleta é voar. Tentaremos até o fim-insistiu a cigarra.
E lá foram as três, tentando dominar o medo que os apavorava.
Já era tarde, quando chegaram ao alto da montanha. Logo viram o guardião dormindo a um canto do bosque. Pé ante pé, procuraram andar silenciosamente.
- Quem está aí? Sinto cheiro de medo. Acho que vou matar, agora, minha fome.
A formiga, muito esperta e matreira, foi logo respondendo.
- Não há ninguém aqui: É apenas o ronco de seu estômago que o acordou.
O sapo voltou a dormir e elas atravessaram aquela parte do bosque.
- Boa tarde, senhoritas. Que desejam?
- O senhor deve ser o mágico. Estamos aqui à procura de um tratamento para mim. Veja, falta-me uma parte de uma das minhas asas.
- Não sou mágico, apenas um grande estudioso, que se tornou apenas sábio e as pessoas confundem sabedoria com mágica.
- O doutor examinou a asa partida da infeliz e disse-lhe que em maio nasceria uma flor de pétalas finas e delicadas e então ele tentaria operá-la, costurando-lhe, na asa, a pétala dessa flor.
As três ficaram morando no alto da montanha até chegar o mês de maio.
Numa manhã de sol claro e céu azul, o doutor Coruja acordou com o grande alvoroço que vinha do bosque. Curioso, foi verificar o motivo daquela algazarra.
Os habitantes do bosque festejavam o nascimento da bela flor de maio.
O sábio chamou imediatamente a borboleta, colocou-a na mesa de operação e iniciou o trabalho.
Do lado de fora, a expectativa era geral.
Depois de algum tempo, a borboleta saiu amparada pelas duas fiéis amigas. Em seguida subiu numa pedra e tentou voar. Não conseguiu mas não desanimou. Tentou várias vezes, até que, ajudada por uma suave brisa, pairou no ar e saiu voando.
A formiga comentou:
- Coitadinha, vejam como voa torta!
Imediatamente, a borboleta cantou:
“Se você vir uma borboleta voando torta, não ria, não tenha pena. Sou eu, a superar a mim mesma...”

FONTE:https://professoraivaniferreira.blogspot.com/2011/03/texto-flor-de-maio.html

       INTERPRETAÇÃO DA HISTÓRIA

  •   Por que a borboleta estava desesperada e chorando muito?
  •      Quem encontrou com a borboleta no caminho?
  •         Em que fase da metamorfose estava a borboleta, quando jogaram inseticida?   
  • Devido ao uso do inseticida, como a borboleta nasceu?
  • Qual a solução encontrada pela cigarra para ajudar a borboleta?

Faça a ilustração do parágrafo abaixo:
Depois de algum tempo, a borboleta saiu amparada pelas duas fiéis amigas. Em seguida subiu numa pedra e tentou voar. Não conseguiu mas não desanimou. Tentou várias vezes, até que, ajudada por uma suave brisa, pairou no ar e saiu voando.

 















LEIA E RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO:
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A flor-de-maio é da família dos cactos, mas não tem espinhos. No seu habitat original, a Mata Atlântica, ela apresenta comportamento de epífita. Ou seja: assim como as orquídeas e muitas bromélias, usa os troncos de árvores como suporte. Graças ao melhoramento hortícola, a variedade de cores hoje disponível no mercado é imensa.
A flor-de-maio – nome vulgar da espécie Schlumbergera truncata – é uma dessas plantas que a gente tende a menosprezar a maior parte do ano. Trata-se, afinal, de um verdadeiro lugar-comum botânico: desde os tempos dos jardins das vovós, ela está por aí pendurada em qualquer varanda ou acomodada em cachepôs sobre algum móvel da sala-de-estar.                                                                                          FONTE: https://veja.abril.com.br/blog/jardineiro

a    Com base nas informações do texto, responda.
Este texto pertence a que gênero textual?
(   ) Receita
(   ) informativo
(   ) carta
(   ) cartaz

  Este texto foi retirado de:
(   )  livro
(   ) jornal
(   ) internet

c    Schlumbergera truncata é o nome ____________________ da planta.
(   ) popular          (   ) científico

d    Esta variedade de planta pertence à família:
(   )  dos cactos   (   ) das bromélias   (   ) das orquídeas.