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Professora graduada no Curso Normal Superior pela Universidade de Uberaba-MG,pós-graduada em Coordenação Pedagógica-UFOP-MG, atuando na área de Ensino Fundamental e Médio.

sábado, 18 de janeiro de 2014


TEXTOS  DE  RUBEM  ALVES
Para refletir...

Foto: VOLTAMOS! <3
Com energias recarregadas pra enfrentar o turbilhão de felicidade que será daqui pra frente. Como sempre ouvimos dizer que mar calmo não faz bom marinheiro, estamos prontos pra dividir cada onda de puro amor que vier <3

Precisamos evitar que sobrem mangas!!!

O velho caipira, com cara de amigo, que encontrei num Banco, estava esperando para ser atendido.
Ele ia abrir uma conta.
Começo de um novo ano... Novas perspectivas...
E como não podia deixar de ser, também começou ali um daqueles papos de fila de banco.
Contas, décimo terceiro que desapareceu, problemas do Brasil, tsunami... Será que vai chover?
Mas em determinado momento a conversa tomou um rumo:
"- Qual é então o maior problema do Brasil para ser resolvido?"
E aí o representante rural, nosso querido "Mazaropi da modernidade" falou com um tom sério demais para aquele dia:
"- O Maior Problema do Brasil é que sobra muita manga!"
Tentei entender a teoria... Fez-se um silêncio e ele continuou:
"- O senhor já viu como sobra manga hoje debaixo das árvores? Já percebeu como se desperdiça manga?
"- Sim... Creio que todos já percebemos isto... Onde tem pé de manga, tem sobrado manga..."
E aí ele continuou:
"- Num país onde mendigo passa fome ao lado de um pé de manga... Isso é um absurdo! Num país que sobra manga tem pouca criança. Se tiver pouca criança as casas são vazias... Ou as crianças que tem já foram educadas para acreditar que só "ice cream" e jujuba são sobremesas gostosas. Boa é criança que come manga e deixa escorrer o caldo na roupa... É sinal que a mãe vai lavar, vai dar bronca, vai se preocupar com o filho. Se for filho tem pai... Se tiver pai e manga de sobremesa é por que a família é pobre... Se for pobre, o pai tem que ser trabalhador...
Se for trabalhador tem que ser honesto... Se for honesto, sabe conversar... Se souber conversar, os filhos vão compreender que refeição feliz tem manga que é comida de criança pobre e que brinca e sobe em árvore... Se subir em árvore, é por que tem passarinho que canta e espaço para a árvore crescer e para fazer sombra... Se tiver sombra tem um banco de madeira para o pai chegar do trabalho e descansar... Quem descansa no banco, depois do trabalho, embaixo da árvore, na sombra, comendo manga é por que toca viola... E com certeza tá com o pé na grama... Quem pisa no chão e toca música tem casa feliz... Quem é feliz e canta com o violeiro, sabe rezar... Quem sabe rezar sabe amar... Quem ama, se dedica... Quem se dedica, ama, reza, canta e come manga, tem coração simples... Quem tem coração assim, louva a Deus. Quem louva a Deus, não tem medo... Nada faltará porque tem fé... Se tiver fé em Deus, vê na manga a providência divina... Come a manga, faz doce, faz suco e não deixa a manga sobrar... Se não sobra manga, tá todo mundo ocupado, de barriga cheia e feliz. Quem tá feliz.... Não reclama da vida em fila do banco..."
Daí fez-se um silêncio...



QUE PIPOQUEM EXPERIMENTOS!

A vida me ensinou que não existe nada mais inútil que projeções futurológicas: o final é sempre outro… Mas pediram que eu me aventurasse… Assim, o que vou fazer é indicar algumas das tendências “escolares” que vejo no presente e imaginar seu destino futuro.
Em primeiro lugar há “escola tradicional”. A “escola tradicional” se caracteriza por ser baseada em “programas” em que os saberes, organizados numa determinada ordem, são estabelecidos por autoridades burocráticas superiores ausentes. Os professores sabem o programa e o ensinam. Os alunos não sabem e devem aprender.
Os alunos são agrupados em turmas independentes que não se comunicam umas com as outras. A atividade de pensar é fragmentada em unidades de tempo chamadas aulas, que também não se relacionam umas com as outras. Livros-texto garantem a uniformidade do ensino. A aprendizagem é avaliada numericamente por meio de testes.
As “escolas tradicionais”, como todas as instituições, são dotadas de mecanismos para impedir as mudanças. Muitas das “escolas tradicionais” são estatais, o que significa garantia de segurança, por meio de um emprego vitalício. Mas, como se sabe, a segurança põe a inteligência a dormir.
Prevejo que, daqui a 25 anos, essas escolas estarão do mesmo jeito, talvez pintadas com cores mais alegres.
Mas, de repente, os saberes começaram a pulular fora dos limites da “escola tradicional”. Circulam livres no ar —sem depender de turmas, salas, aulas, programas, professores, livros-texto—, dotados do poder divino da onipresença: o aprendiz aperta um botão e viaja instantaneamente pelo espaço.
O aprendiz se descobre diante de um mundo imenso, onde não há caminhos predeterminados por autoridades exteriores. Viaja ao sabor da sua curiosidade, quer explorar, experimenta a surpresa, o inesperado, a possibilidade de comunicação com outros aprendizes companheiros de viagem.
Mas o fato é que ele se encontra diante de uma tela de computador. É um mundo virtual. Trata-se apenas de um meio. E é somente isso, essa alienação da realidade vital, que torna possível a sua imensidão potencialmente infinita. Mas, como disse McLuhan, “o meio é a mensagem”. E a “massagem”…
Há o perigo de que os fins, a vida, sejam trocados pelo fascínio dos meios —mais seguros e mais extensos. Fascinante esse novo espaço educativo. Não é preciso ser profeta para prever que ele irá se expandir além daquilo que podemos imaginar, especialmente em se considerando a sua ligação com interesses econômicos gigantescos. Mas é preciso perguntar: “Qual é o sentido desses meios para os milhões de pobres que não têm o que comer? E quais serão as consequências do seu fascínio virtual?”.
Há, finalmente, um florescimento de experimentos educacionais alternativos.
Por oposição ao conhecimento virtual, essas experiências de aprendizagem se constroem a partir dos problemas vitais com que os alunos se defrontam no seu cotidiano, no seu lugar, na sua particularidade. Não há programas universais definidos por uma burocracia ausente porque a vida não é programável.
Os desafios que enfrentam as crianças nas praias de Alagoas, nas favelas do Rio, nas matas da Amazônia e nas montanhas de Minas não são os mesmos. Além dos saberes que porventura venham a ser aprendidos, esses experimentos buscam o desenvolvimento da capacidade de ver, de maravilhar-se diante do mundo, de fazer perguntas e de pensar.
Tenho a esperança de que esses experimentos continuarão a pipocar, porque é neles que o meu coração se sente esperançoso.

domingo, 12 de janeiro de 2014

O QUE PLANEJAR PARA O PRIMEIRO DIA DE AULA ?

Acolher bem é essencial para conquistar a confiança dos pequenos. "Receba os alunos calorosamente, de preferência fora da sala de aula, no portão de entrada, no pátio ou em alguma área livre."



Sugestões retiradas do site:

Cada atividade deve ser planejada com antecedência e visar não só a integração, mas a adaptação e o resgate de valores. "Prepare o ambiente com materiais pedagógicos, organize uma roda para que todos possam se olhar e sugira brincadeiras de socialização. Ressalte o valor do reencontro por meio de histórias que abordem a amizade".

PRIMEIRO DIA DE AULA

Vamos brincar de massinha? (1º e 2º ano)

1
. Divida os alunos em duplas e distribua massas de modelar.
2. Peça que criem objetos que serão usados ao longo do ano. Exemplo: lápis, caneta, caderno.
3Promova a apresentação dos trabalhos e a troca de ideias.


Troca de presentes (1º ao 3º ano)

1. Distribua papel, lápis de cor e canetinhas aos alunos.
2. Solicite que façam um desenho para retratar a importância da amizade.
3Explique que cada desenho se transformará em um presente para o colega que acabou de conhecer.
4. Promova a troca de desenhos e aborde a importância de fazer novas amizades.
Pintura coletiva (4º e 5º ano)

1. Providencie tintas atóxicas, pincéis, rolinhos e papel de parede branco.
2. Reserve um espaço na sala ou no pátio para aplicar o papel de parede.
3.Sugira a pintura coletiva do painel de acordo com um tema. Exemplo: O que esperam de 2011?

        REFORÇANDO A AMIZADE

Dinâmica do pirulito (3º e 4º ano)

1
. Providencie pirulitos em número suficiente para os alunos.
2. Peça que segurem o doce com a mão direita e mantenham o braço esticado.
3Sinalize para que abram o pirulito, mas alerte que não será permitido mover o braço direito.
4.Após diversas tentativas, mostre que só é possível abrir com a ajuda do colega e que ele também terá que fazer o mesmo para ajudar o outro.


Dica esperta!
Essa atividade poderá ser retomada ao longo do ano letivo, de forma que os alunos possam verificar se alcançaram seus sonhos para 2011.

Autorretrato (4º e 5º ano)

1
. Distribua para cada aluno uma bexiga e peça que encham.
2. Em seguida, entregue canetinhas coloridas e solicite que cada um desenhe o seu rosto na bexiga.
3Após concluir o desenho, os alunos deverão jogar a bexiga para cima.
4. Dê um sinal para que cada aluno pegue no ar a bexiga de um colega.
5. Faça uma roda e solicite que cada aluno adivinhe de quem é o autorretrato.
6. Caso não acerte, o aluno que desenhou deverá se apresentar, falar seu nome e dar um abraço no colega.
7. Dê continuidade até que todos se apresentem.
       
Árvore dos sonhos (1º ao 5º ano)

1
. Em um papel pardo ou cartolina represente uma árvore. Você poderá afixá-la em um painel em sala de aula ou no pátio.
2. Na parte superior da árvore, escreva uma pergunta. Exemplo: Como você gostaria que fosse 2014?
3Distribua um papel com o molde de uma folha de árvore.
4. Peça para que escrevam o que esperam de melhor para o ano letivo. Exemplos: amizades sinceras, boas notas etc.
5. As crianças deverão afixar suas folhas com os desejos na árvore.


Dica esperta!
A árvore pode ganhar uma versão de mapa e envolver mais turmas. Basta afixar no pátio e sugerir a construção de bonequinhos, que ficarão localizados em diferentes pontos do mapa, formando uma grande corrente.

Da ordem ao caos (4º e 5º ano)

1.
 Combine com a turma que, quando você bater palmas, todos deverão parar imediatamente as atividades solicitadas.
2. Peça que cantem ao mesmo tempo uma música para o companheiro ao lado.
3Bata palmas e sugira nova atividade: que todos cantem ao mesmo tempo uma música para o grupo.
4. Bata palmas novamente e escolha um aluno para cantar para a classe.
5. Mostre para as crianças as diferenças entre a ordem e o caos. Enquanto todos cantavam ao mesmo tempo, ninguém se entendia e a situação gerou desconforto. Já quando apenas um aluno cantou e os demais pararam para escutar, a ordem foi estabelecida.

Dica esperta!
Levante outras situações nas quais a ordem é essencial e estabeleça com os alunos as regras de convivência. Explique que quando desrespeitamos o próximo deixamos a organização de lado e estamos perto do caos.

          
Contrato pedagógico

1.
 Reúna a turma e questione sobre boa convivência, respeito, expectativas para o ano letivo etc.
2. Estimule a reflexão e a troca de ideias. A partir das respostas, construa um contrato, que será revisto e reestruturado semanalmente ou sempre que houver necessidade.