Características do bom Coordenador
Segundo quem está na função, para desempenhar bem seu papel, o que é necessário ter:
10 conteúdos indispensáveis à formação do Coordenador Pedagógico
Dagmar Serpa (gestaoescolar@fvc.org.br)
   
1 Identidade profissional
Para
 acertar o foco, ele precisa entender sua função na escola. Eliane Bruno
 lembra de um programa de formação da qual participou em que, por sua 
importância, um semestre era dedicado ao tema: "Induzíamos a uma 
reflexão sobre as atribuições do coordenador usando leituras de 
experiências práticas e promovendo um diálogo com a teoria." Para ela, a
 troca de experiência entre os pares nos encontros ajudou a atingir a 
meta.
2 Concepção de formação
Se
 essa é a essência do trabalho da coordenação pedagógica, quem a exerce 
tem de ter consciência de que não basta encaminhar os docentes para 
cursos da Secretaria ou repassar programas prontos. O trabalho do dia a 
dia deve incluir o monitoramento constante das práticas em sala de aula.
 "A melhor forma de disseminar a ideia é debatê-la em encontros 
periódicos com profissionais da rede", diz Cybele.
3 Relações interpessoais
Para
 ser articulador e formador, ele deve saber se relacionar bem. Só assim 
conseguirá observar a aula sem parecer um fiscal intrometido, apresentar
 críticas sem despertar raiva e integrar um professor novato. Para 
desenvolver a habilidade, é possível usar diferentes linguagens, como 
filmes e literatura, para aguçar a percepção e as capacidades de 
observação e de escuta. Pode-se recorrer à memória, induzindo cada um a 
lembrar vivências da sua trajetória e compartilhá-las com os colegas.
4 Liderança e condução de grupo
O
 líder pedagógico tem de ter competência para conduzir a equipe em 
reuniões de trabalho, conquistando a adesão de pessoas. Quem pensa não 
ter essa habilidade pode aprender. Há diferentes estilos de liderança e 
conhecê-los é a forma de buscar identificação com um e adotá-lo. E vale 
incluir na formação do coordenador o estudo de teorias e técnicas sobre o
 funcionamento de grupos - para saber, por exemplo, como alguém de 
personalidade marcante influencia os demais.
5 Planejamento
Elaborar
 uma pauta produtiva para os horários de trabalho coletivo e para 
reuniões setorizadas, orientar os professores a planejar as aulas, o 
semestre e o ano e criar estratégias para melhorar o trabalho em sala de
 aula. O coordenador aprenderá tudo isso se contar com uma orientação 
técnica contínua, que funcione nos moldes de uma tutoria. No dia a dia, o
 supervisor pode fornecer conhecimentos gerais sobre planejamento e 
apresentar bons modelos.
6 Estratégias de avaliação
Para
 ajudar os docentes a aprimorar o trabalho, o coordenador precisa saber 
observá-los em aula, analisando o conhecimento do conteúdo, a forma como
 ele é ensinado e as interações. A supervisão em serviço, como uma 
tutoria, é a melhor forma de fornecer parâmetros para ele criar suas 
ferramentas de acompanhamento.
7 Instrumentos metodológicos
Alguns
 documentos são essenciais para o líder da equipe docente. Explicar 
quais são eles e como guardá-los é indispensável quando se deseja um 
coordenador competente. Os planejamentos dos docentes, por exemplo, dão 
pistas sobre as necessidades de ensino que precisam ser supridas e devem
 ser arquivados, assim como o portfólio de cada turma, com relatos, 
fotos, produções dos alunos, registro de dúvidas e notas sobre avanços, 
que ajuda a avaliar a evolução de uma classe. Tudo isso pode ser 
arquivado por data ou tema. A Secretaria de Educação pode organizar 
seminários sobre o tema, mas é fundamental que os supervisores técnicos 
detectem as deficiências particulares no uso dessas ferramentas.
8 Conhecimentos didáticos
Só
 conhecendo as peculiaridades das diferentes fases de desenvolvimento da
 criança e do adolescente e a forma como se aprende em cada uma delas o 
coordenador é capaz de avaliar se os métodos usados em sala de aula são 
apropriados. Ele precisa ainda ter clareza sobre os mecanismos de 
assimilação dos adultos, pois conduz os docentes em um processo 
dinâmico, no qual eles ensinam e aprendem ao mesmo tempo. Seminários 
temáticos aumentam a bagagem teórica na área. Mas é a orientação 
contínua que permite identificar falhas e corrigi-las.
9 Tematização da prática
Consiste
 na reflexão, à luz de teorias, sobre boas práticas em sala de aula - em
 geral, gravadas em vídeo. O objetivo é que o docente aprenda vendo 
modelos, pensando sobre eles e discutindo-os. Cabe ao coordenador 
fornecer a base teórica e indicar como aquele exemplo pode ser usado em 
sala. Para evitar constrangimentos, recomenda-se que o coordenador 
comece a implantar a estratégia usando gravações feitas fora da escola 
para só depois fazê-las com um docente da equipe com uma atividade 
anteriormente planejada em grupo. As instruções gerais podem ser 
fornecidas em um workshop com os profissionais de toda a rede, mas cada 
coordenador precisará de uma supervisão individualizada para implantar a
 estratégia formativa em sua rotina.
10 Troca de experiências
Se
 um professor fez um projeto de sucesso, outros docentes devem conhecer o
 trabalho. Portanto, o coordenador precisa saber documentar, 
sistematizar e compartilhar experiências. Isso pode ser feito na escola,
 com a criação de um arquivo de boas práticas aberto a consultas, ou na 
internet, com a organização de uma rede colaborativa, da qual docentes 
de outras escolas podem participar. De novo, poderá aprender a fazer 
isso com uma orientação individualizada.
FONTE:http://gestaoescolar.abril.com.br/formacao/10-conteudos-indispensaveis-formacao-coordenador-pedagogico-629894.shtml 
 
  
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