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Professora graduada no Curso Normal Superior pela Universidade de Uberaba-MG,pós-graduada em Coordenação Pedagógica-UFOP-MG, atuando na área de Ensino Fundamental e Médio.

domingo, 19 de agosto de 2012

HISTÓRIA DE SÃO JOAQUIM DE BICAS

A Cidade - História - Quarto Ano


A origem do nosso Município
A ocupação e o povoamento de Minas Gerais, só aconteceram a partir da descoberta do ouro, no final do século XVIII. Até esta época, algumas expedições Bandeirantes percorreram o território procurando ouro e pedras preciosas. Foram os Bandeirantes que fundaram os primeiros povoados em Minas Gerais. Eles seguiam os cursos dos rios, abrindo e procurando o ouro de aluvião.

Foi seguindo o curso do Rio Paraopeba que aqui chegaram os Bandeirantes, como Manuel Borba Gato e Francisco Duarte Meireles. As terras próximas ao Rio Paraopeba eram férteis e próprias para a prática agrícola e a criação de gado. Assim, iniciou-se o povoamento da região.

A Religião
A religião foi um fato marcante na história do arraial. As capelas construídas eram pontos de convergência entre os habitantes e tropeiros que por aqui passaram. Os primeiros moradores construíram uma capelinha para a realização de novenas e orações como terço ao cair do crepúsculo. A construção foi nas proximidades do local onde hoje é o cemitério.

Uma imagem de São Joaquim foi esculpida em madeira e colocada no topo do altar, marcando a fé e a religiosidade do povo do nosso município. A imagem de São Joaquim e a vegetação deram o primeiro nome ao arraial: São Joaquim do Campo Verde. Com o passar dos anos, o lugar passou a ser chamado de São Joaquim de Bicas, porque a busca de minerais no leito do Rio Paraopeba englobava a dragagem dos cascalhos que depois eram lavados com jatos de água (bicas).

Festa do Mês de Agosto
A festa mais aguardada pela comunidade é a de nossos padroeiros São Joaquim e Sant’Ana, São Sebastião, Divino Espírito Santo e São Vicente. Essa festa tão tradicional vem sendo modernizada, acompanhando as mudanças sociais e econômicas da região. Às vezes essa festa era atração. Acontecia até dos fazendeiros se mudarem para a praça a fim de participar de todos os eventos. Na praça da igreja havia um “estacionamento” para cavalos e carroças, e normalmente as missas eram celebradas às 10:00h com procissões às 15:00h. As barracas de comes e bebes eram feitas de bambus e cobertas com folhas de piteiras. Eram tradicionais as barracas do “Mané Caetano”, que vendia suco (capilé) em potes de barro e queijo; “Dona Zefa” vendia biscoitos e “Dona Marieta” que além dos biscoitos e bolinhos, vendia um delicioso leite caramelizado. Havia também a presença de barraqueiros de outras regiões que por vezes montavam cinemas em casas de tábuas e circo de tourada.

Era comum ver “mulinha” feita de balaio correndo pelas ruas e assustando as mocinhas que de braços entrelaçados, acertavam os passos e davam voltinhas pela praça, encantando os corações dos rapazes. Hoje, a festa acontece no final do mês de julho, com a realização de novenas, procissões, celebrações, levantamento de bandeiras, leilões, barraquinhas, show pirotécnico, apresentação de conjuntos musicais entre outros acontecimentos. Esse evento tão expressivo em nosso município conta com a participação de todas as pastorais, movimentos religiosos, políticos, comerciantes e toda a comunidade, juntamente com a equipe de festeiros e o pároco. Vale a pena participar!

A Praça
A praça era rodeada de casas e algumas árvores, não existiam bancos, nem jardins, só a igreja de madeira ao centro. Esta igreja precisava de uma reforma e atendendo as necessidades e solicitações dos habitantes do já distrito, o Arcebispo de Mariana, Dom Silvério Gomes Pimenta, criou a paróquia de São Joaquim, criando uma grande inveja e revolta à nossos vizinhos.

A Pedra Fundamental
São Joaquim de Bicas era Distrito pertencente à Pará de Minas, e a paróquia de Mariana. Naquela época, era considerado distrito, aquele povoado que possuísse um cartório de registros. Em 1880, foi instalado aqui esse cartório, permanecendo até 1931, quando segundo alguns depoimentos, por razões e conflitos políticos, ele foi transferido para o povoado do Barreiro (atual Igarapé). Dizem que esse fato ocorreu na calada da noite para que o povo daqui não se manifestasse. Assim, São Joaquim de Bicas voltou à condição de simples povoado. Perdeu regalias políticas, mas na questão religiosa, continuou sendo a sede da paróquia.

Na medida que o povoado foi crescendo, a igrejinha de madeira já não comportava o grande número de fiéis, era preciso construir uma nova igreja. Para erguê-la era necessário a bênção da pedra fundamental por uma autoridade eclesiástica: o bispo de Mariana. O povo se mobilizou em constantes peregrinações à Mariana até conseguir. Outras comunidades também acalentavam o sonho de construir uma igreja para ser a sede da paróquia. Dando vazão a este sonho um grupo de homens de Igarapé, foi enviado à São Joaquim de Bicas para roubar a pedra fundamental. Segundo o depoimento de Dona Maria, casada com Sr. Antônio de Almeida e de outras pessoas que vivenciaram naquele período, por volta das 10 horas, horário em que as mulheres faziam o almoço, o Sr. Sidney, irmão do saudoso Osvaldo entrou gritando que estavam roubando a pedra fundamental. Apavorada, ela pegou um cabo de enxada e saiu juntando senhoras, pois todos os homens estavam trabalhando.

Então subiram Dona Maria, Dona Jerovina, Dona Divina e outras mulheres armadas de foices, pedaços de pau, cabos de enxada e vassouras, contando somente com a companhia do Sr. Sidney. Por razões inexplicáveis e até sobrenaturais, os homens não encontraram forças suficientes para carregar a pedra e a deixou perto de onde eles à retiraram. Ao verem as mulheres e o Sr. Sidney chegando, os homens fugiram assustados e o Sr. Sidney colocou a pedra nas costas com a maior facilidade e a trouxe de volta guardando-a na casa do Sr. João Maria. Temendo nova ameaça, os moradores daqui, armados de foices, enxadas e facões, montaram piquetes nos limites do povoado. Mas o fato não se repetiu. Os moradores construíram a nova igreja e enterraram a pedra fundamental debaixo do altar. Reformaram também a antiga igreja de madeira. Com o passar dos anos, a praça da igreja foi só melhorando e no ano de 1966, o prefeito de Igarapé do qual éramos distrito, reformou a praça da matriz, criando jardins e construindo bancos com nomes de pessoas importantes que contribuíram para a construção da nova praça.

A Cidade - Bandeira

Bandeira de Bicas


Descrição
A Bandeira do Município de São Joaquim de Bicas assim se descreve: terá campo retangular verde com duas faces exatamente iguais, divididos em quatro partes por uma cruz branca sobreposta de outra cruz vermelha, tendo em suas interseções um círculo branco em cujo centro destaca-se o brasão Municipal. No canto superior esquerdo visualiza-se a figura heráldica chamada “crescente”, que sendo do ouro simboliza o destino próspero a que almeja nosso povo.

A cruz que a ponto de adotarem o nome de um santo (São Joaquim) para se fazerem conhecer. O brasão de armas que compõe nossa bandeira tem a seguinte simbologia: Na parte superior vê-se uma coroa mural de cinco torres que é símbolo universal dos brasões de domínio e que tendo suas abertas de vermelho, proclamam o caráter hospitaleiro do povo de nossa cidade. No escudo do brasão que será dividido em quatro partes, terá na parte superior um fundo celeste, um radiante sol dourado de raios espargentes, traduz a irradiação do poder municipal a todos os quadrantes do Município, bem como a expansão de nossa cultura pelo país.

A direita e à esquerda do escudo evidencia-se um ondado de prata e a representação de uma indústria, também de prata, representando respectivamente o Rio Paraopeba e o Parque Industrial, emergente no município. Embaixo do escudo também em fundo celeste, três montes de ouro lembram os montes que ilustram a paisagem do nosso Município. Ainda na parte inferior sobre os montes antes citados uma figura que desde a revolução francesa é símbolo da democracia (barrete frígio). Lembram a forma democrática e ordeira em que se deu a criação do Município. Nas laterais do escudo (direita e esquerda) os dois ramos de louro, que desde a mais remota história simboliza a vitória e que aqui não poderia ter outro significado senão o de homenagear aqueles que apostando no futuro do Município lutaram gloriosamente para sua emancipação.

Arrematando este conjunto heráldico uma faixa vermelha com inscrição de prata lembra-nos o nome de nosso Município bem com a data de sua origem. As cores de nossa bandeira não foram escolhidas aleatoriamente e sim pela representação heráldica das qualidades e do pensamento de nosso povo. As cores escolhidas têm a seguinte simbologia em heráldica:

O Cinza Prata e Branco tem o significado de pureza, verdade, franqueza, integridade, amizade e lisura, referindo-se aos atributos de administradores e munícipes, aliados harmoniosos pela grandeza do município.

O Verde é simbolismo heráldico de esperança, honra, trabalho e fartura, lembrando-nos o trabalho e a produção do campo.

O Vermelho indica audácia, valor galhardia, amor-próprio e nobreza.

O Amarelo Ouro é representativo de riqueza, esplendor, glória, força, fé, soberania e prosperidade, qualidades que externam o ideal comum a todos munícipes.

O Azul simboliza justiça, perseverança, zelo, lealdade e beleza.




SÍNTESE DA HISTÓRIA DE SÃO JOAQUIM DE BICAS

São Joaquim de Bicas

Minas Gerais - MG

Histórico

Os Bandeirantes seguiam os cursos dos rios, abrindo clareiras e procurando o ouro de aluvião. Foi seguindo o curso do Rio Paraopeba que aqui chegaram os Bandeirantes como Manoel Borges Borbagato e Francisco Duarte Meireles.

A religião foi um fato marcante na história do arraial. Os primeiros moradores construíram uma capelinha para a realização de novenas e orações, onde foi colocada uma imagem de São Joaquim. A imagem e a vegetação deram o primeiro nome ao arraial: São Joaquim do Rio Verde.

Com o passar dos anos, o lugar passou a ser chamado de São Joaquim de Bicas, devido à busca de minerais no leito do Rio Paraopeba, que eram lavados com jatos de água (bicas).

O primeiro professor do povoado de São Joaquim de Bicas foi Pedro do Amaral Bambirra, que lecionava em sua própria casa.

A primeira escola pública fundada em 1.950 recebeu o nome de ?Escola Isolada Pedro Bambirra?, hoje Escola Estadual de São Joaquim de Bicas.

Seus restos mortais estão sepultados dentro da Igreja Matriz de São Joaquim de Bicas.

Gentílico: são-joaquinense

Formação Administrativa

São Joaquim de Bicas tornou-se distrito de Pará de Minas, sendo extinto pela lei nº 1.198 em 09 de agosto de 1864 e , mais tarde, restaurado pela lei provincial nº 3.141, de 18 de outubro de 1.883. Em 30 de julho de 1931, através do decreto 10.002, a sede do distrito transferiu-se para o povoado de Barreiro (Igarapé), voltando, São Joaquim de Bicas, à condição de povoado. Em 1938, o distrito de Igarapé fio transferido para Mateus Leme.

Em 12 de dezembro de 1953, através da lei 1.039, São Joaquim de Bicas é elevado, novamente, à condição de distrito, agora integrado ao município de Mateus Leme.

Com a criação do município de Igarapé através da Lei 2.764, em 30 de dezembro de 1.962, a sua instalação em 01 de março de 1.963, São Joaquim de Bicas passou a integrar esse município até a sua emancipação em 1.995.

Em outras oportunidades a emancipação já havia sido tentada. Por questões variadas não foi possível alcançar sucesso. O primeiro pedido para emancipação foi feito em 1.977. Em 1.979 foi reiterado o pedido à Assembléia Legislativa. Em 1.987 não houve qualquer emancipação. No ano de 1.991 ocorreu uma nova tentativa.

No ano de 1.995, o primeiro fato para a emancipação foi a edição da lei complementar estadual n.º 37 de 18 de janeiro de 1.995. A primeira reunião para a emancipação ocorreu em 26 de janeiro de 1.996. Entre os presentes o Sr. Antônio Carlos Resende, o Sr. José Gabriel de Resende, o Sr. Imar Glicério Pinto, o Sr. Maurício Resende Maia, que compuseram a comissão.

O pedido deu entrada na Assembléia Legislativa do Estado em 10 de fevereiro de 1.995, e com o pedido selou-se definitivamente a inauguração do processo de emancipação.

O requerimento da emancipação foi de autoria do Deputado Estadual Dinis Pinheiro. Nesse

intercurso surgiu a lei complementar nº 39 de 23 de junho de 1.995 que alterou parcialmente a lei complementar n.º 37, mas as alterações em nada afetaram o pedido de São Joaquim de Bicas.

O plebiscito foi realizado no dia 22 de outubro de 1.995. Compareceram ao plebiscito 4.042 eleitores, destes 3.809 votaram ?sim?, 103 votaram ?não?, 73 votaram ?em branco?, e, 57 anularam o voto.

Após a vitória no plebiscito, São Joaquim de Bicas foi transformada em cidade através da lei 12.030 de 21 de dezembro de 1.995.

São Joaquim de Bicas ficou sob a administração do município remanescente (Igarapé) até a instalação do município, que se deu em 01 de janeiro de 1997, com a posse do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores.

A Lei Orgânica do novo município foi promulgada no dia 18 de setembro de 1998.

Fonte: BATISTA, Neuza Maria de Almeida: O Amanhecer de Uma Cidade. São Joaquim de Bicas: 2006.

Autor do Histórico: WELLINGTON RICARDO ESTANISLAU RIBEIRO

FONTE:http://www.ibge.gov.br/cidadesat/historicos_cidades/historico_conteudo.php?codmun=316292

População 201025.537
Área da unidade territorial (Km²) *71,557
Densidade demográfica (hab/Km²)356,88
Código do Município316292
Gentílicosanjoaquimbiquense
 Bioma                                                                                                       Mata Atlântica







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