Girafinha Flor faz uma descoberta
Terezinha Casassanta
Girafinha Flor era a girafa mais solitária e triste do mundo.
Ela não tinha pais nem irmãozinhos.
Vivia sozinha lá no meio da floresta.
Girafinha Flor morava em uma bonita casinha e tinha muitas coisas gostosas para comer. Mas cada dia se tornava mais solitária e triste.
Até que uma bela tarde, Girafinha Flor falou:
- Deve haver um remédio para curar a solidão. Eu vou à cidade para descobrir.
Assim pensando, pôs um lenço no pescoço, um chapéu na cabeça e lá se foi pelo caminho.
Ela havia andado só um pouquinho quando encontrou um macaco:
- Boa tarde, disse o macaco. Onde você vai?
- Eu vou à cidade descobrir um remédio para curar a solidão, respondeu a Girafinha.
- Está bem, mas volte depressa, disse o macaco. Eu ficarei esperando por você.
Girafinha Flor continuou a andar.
Numa curva do caminho viu um coelho cinzento que saltitava contente.
- Boa tarde, disse o coelho. Onde você vai?
- Vou à cidade descobrir um remédio para curar a solidão, respondeu a Girafinha.
- Está bem, mas volte depressa, disse o coelho cinzento. Eu ficarei esperando por você.
Girafinha Flor continuou novamente o seu caminho. Atravessou um campo verde e encontrou uma cabrinha pintada.
- Boa tarde, disse a cabrinha. Onde vai você?
- Vou à cidade descobrir um remédio para curar a solidão, disse a Girafinha.
- Está bem! Mas volte depressa, disse a cabrinha. Eu ficarei esperando por você.
E mais uma vez, Girafinha Flor continuou o seu caminho. Mas quando ela alcançou a estrada de asfalto preto e brilhante, parou de repente e exclamou:
- Eu já descobri o que procurava!
- Eu nem preciso ir à cidade mais!
E assim pensando, ela voltou para trás e correu o mais depressa que pôde de volta à floresta.
Do alto de uma árvore, um papagaio avistou-a e gritou:
- Corra, corra, Girafinha, senão a noite chega e você não acha o caminho!
Girafinha Flor começou a correr. Mas o dia acabou. A noite chegou. A lua não apareceu.
- E agora? perguntou a Girafinha aflita. Como é que vou achar minha casa?
- Com seu pescoço comprido, ela espiou por entre os galhos das árvores para pedir ajuda aos passarinhos.
Mas os passarinhos dormiam quietinhos e quentinhos nos seus ninhos...
Desanimada, a Girafinha baixou a cabeça. E o que você pensa que ela viu?
Um bando de vaga-lumes com suas luzinhas brilhantes que enfeitavam a noite, como se fossem diamantes.
- Ajudem-me, por favor! - pediu Girafinha Flor.
Os vagalumes se reuniram e formaram uma fita brilhante que piscando dentro da noite indicava o caminho adiante.
Girafinha Flor foi seguindo o colar de luzinhas, foi seguindo, até encontrar o seu caminho.
Naquela noite, Girafinha Flor dormiu um sono tão gostoso!
Sonhou que brincava de roda com os vaga-lumes, que corria atrás da cabrinha pintada, que conversava com o papagaio.
No dia seguinte, Girafinha Flor acordou bem cedinho. Foi para a cozinha e fez doces e salgadinhos. Fez um bolo gostoso e sucos de frutas também.
- Eu hoje vou dar uma festa, disse a Girafinha.
Uma festa para o meu amigo macaco, o meu amigo coelho cinzento, a minha amiga cabrinha pintada, o meu amigo papagaio, os meus amigos vaga-lumes...
Depois, Girafinha Flor escreveu bonitos convites para a festa e colocou-os na caixa do Pombo-Correio, o carteiro da floresta.
Colocou na porta da casa uma tabuleta que dizia: " Sejam bem-vindos, amigos ". Escrito em letras azuis.
Foi uma festança! Os amigos cantaram, dançaram, brincaram, comeram, beberam e riram felizes. Depois, todos ajudaram a Girafinha Flor a arrumar a casa.
Agora, Girafinha Flor já não é a girafinha mais triste e solitária do mundo. Ela descobriu o remédio para curar a sua solidão. Girafinha Flor encontrou AMIGOS.
E você, já encontrou amigos também??
Teatro da Girafinha Flor- Essa Turma é demais!!!! Tia Marlene
MUITO LEGAL A DRAMATIZAÇÃO, A HISTORIA É LINDA.
ResponderExcluirMeu primeiro livro de história infantil, eu estava fazendo 11aninho e nunca mais esqueci, já estou com40 anos o livro não existe mais infelizmente. Más vai está para sempre na minha lembrança.
ResponderExcluirAdoro essa história de girafinha flor,foi meu primeiro livro de histórinha, hoje leio para eu filho de nove anos,não o dá girafinha pois eu o perdi ao longo dos anos,nem lembro quantos anos eu tinha, mas hoje tenho 38 anos e ao contar histórias para meu filho lembrei me de girafinha flor, que saldade fui procurar e encontre e acabei de ler pra ele.saldades dá infância,nunca esqueci de girafinha flor.
ResponderExcluirArrasou como sempre, amiga!!! Amo essa história para desenvolver projeto que valoriza a amizade!
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