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Professora graduada no Curso Normal Superior pela Universidade de Uberaba-MG,pós-graduada em Coordenação Pedagógica-UFOP-MG, atuando na área de Ensino Fundamental e Médio.

sexta-feira, 20 de abril de 2012


O MACACO  E  A VELHA

Adoro esta  história cantada,  lembra minha infância, sei cantá-la até hoje!




O MACACO E A VELHA

Uma velha muito velha
Chamada Firinfinfelha
Tinha um lindo bananal
No fundo do seu quintal

Mas a coitada da velha
Poucas bananas comia
Pois o macaco Simão
Roubava todas que havia

- Macaco Simão, macaco ladrão! (bis)

Um dia a Firinfinfelha
Cansada de ser roubada
Teve uma ideia de noite
E acordou de madrugada

Comprou na loja da esquina
Vários quilos de alcatrão
Com eles fez um boneco
Pretinho como um tição

- Boneco valente! Parece ser gente! (bis)

Pôs um grande tabuleiro
Na cabeça do negrinho
Cheio de lindas bananas
Escolhidas com carinho

Levou depois o boneco
Para o fundo do quintal
E lá o deixou repintado
No meio do bananal


- Macaco Simão, vai ver a lição! (bis)

E mal a Firinfinfelha
Voltou para o seu trabalho
Lá veio o mestre Macaco
Pulando de galho em galho

Quando avistou o boneco
Fez uma cara zangada
E dedilhando a viola
Cantou esta batucada

- Que moleque sem vergonha
Que muleque mais ladrão
Roubando minhas bananas
Sem me dar satisfação
Bililim bililim
Bololom bololom
Ninguém deve roubar
O macaco Simão (bis)

Mal terminou a cantiga
Coçou-se no reco-reco
Pôs a viola no saco
Foi enfrentar o boneco

E agora, meus amiguinhos
Prestem bastante atenção
À conversa do macaco
Com o boneco de alcatrão


- Ô moleque atrevido
Ô moleque ladrão
Me dá minha banana
Ou lá vai bofetão

- Banana é dá velha! Boneco dá não!! (bis)

- Então (puf!) (cócócó)

- Tá vendo macaco
Peguei sua mão
Ficou bem grudada
No meu alcatrão (bis)

- Ô moleque atrevido
Ô negrinho guiné
Me solta esta mão
Ou lá vai pontapé

- Não solto ela não que a velha não quer! (bis)

- Então (puf!) (cococó)

- Tá vendo macaco
Macaco lelé
No meu alcatrão
Grudei o seu pé (bis)

- Ô moleque negrinho
Da velha malvada
Me soltas o pé
Ou lá vai cabeçada

- Não solto, que a velha tá muito zangada! (bis)

- Então (puf!)

- Tá vendo macaco
Macaco danado
Agora ficou
Todinho grudado (bis)

De fato o pobre macaco
Pobre macaco Simão
Acabou todo grudado
No boneco de alcatrão

Então, a Firinfinfelha
Saindo do seu barraco
Pegou num grande chicote
Deu de surrar o macaco

- Apanha macaco
Macaco Simão
Apanha macaco
Macaco ladrão!

E só parou de surrar
Quando o macaco Simão
Dando três pulos pro lado
Desgrudou-se do alcatrão

E lá ficou desmaiado
Estatelado no chão
Enquanto a velha cantando
Voltou para o barracão

- Aprende macaco
Lição acertada
Ladrão de banana
Apanha pancada

Quando o macaco acordou
Pensou surrar o negrinho
Mas teve medo da velha
E lá se foi de mansinho

Com o corpo todo doído
Chorando como criança
Porém na sua cabeça
Planejava uma vingança

- Tou todo doído
Tou todo quebrado
Mas Firinfinfelha
Me paga dobrado (bis) (chuif!)

Falou com outros macacos
E muito bicho do mato
Pra ver se algum lhe ensinava
Uma vingança de fato

Achou porém muito fracas
Nenhuma delas servia
Até que certa manhã
Ouviu uma cantoria

- Nós somos os caçadores
Os reis de toda floresta
Matamos hoje um leão
Por isso estamos em festa

Leão temido e valente
Leão malvado e feroz
Com sua pele faremos
Tapete pra todos nós

De fato a pele do bicho
Ao sol estava secando
E quando a viu, o macaco
Desceu do galho pulando

Pois nela estava a vingança
Vingança do arco-da-velha
Para acabar de uma vez
Com a velha Firinfinfelha

- Agora que a velha
Vai ver o que eu digo
Macaco zangado
É mesmo um perigo (bis)

Olhou de um lado e de outro
Olhou, olhou, ninguém viu
Pulou então no terreiro
Pegou a pele e fugiu

Entrou depois dentro dela
Que monstro! Que sensação!
Porque ficou com dois rabos
Um dele, outro do leão

- A velha vai ver
Que eu tenho razão
Macaco zangado
Pior que leão (bis)

De sua grande vingança
Chegara o dia afinal
Pulou o muro da velha
E se escondeu no quintal

E quando a velha chegou
No meio do bananal
Soltou um urro terrível (Uhgraurrr!)
E deu o bote fatal

- Socorro vizinhos, senão não escapo!

- Sossegue velhinha! Você está no papo!

- Socorro vizinhos, senão não escapo!

- Sossegue velhinha! Você está no papo!

A velha Firinfinfelha
Levou um susto tremendo
Botou a boca no mundo
E quis livrar-se correndo

Tentou fugir para casa
Porém naquele alvoroço
Não viu direito o caminho
E caiu no fundo de um poço

- Socorro vizinho
Socorro seu moço
Senão eu me afogo
No fundo do poço! (bis)

Mas, vendo aquilo, o macaco
De medo ficou sem fala
Queria assustar a velha
Mas não queria matá-la

Saiu de dentro da pele
Foi procurar um cipó
Enquanto a velha gritava
Gritava que dava dó

- Socorro! Me acode! Me tira daqui!

- Aguenta velhinha! Que eu já vou aí!

- Socorro! Me acode! Me tira daqui!

- Aguenta velhinha! Que eu já vou aí!

Não encontrou o cipó
Mas encontrou solução
Quando avistou junto ao poço
Lindo pé de jamelão

Subiu por ele depressa
Pegou no galho mais grosso
Espichou bem o rabo
Até o fundo do poço

- Macaco, me acode, senão eu me acabo!

- Então minha velha, pendura no rabo!

- Macaco, me acode, senão eu me acabo!

- Então minha velha, pendura no rabo!

Quando os vizinhos chegaram
no meio do bananal
Viram todos com surpresa
Uma cena original

Num galho, o mestre macaco
Fazendo força danada
Trazendo a Firinfinfelha
No rabo dependurada

- Que cena acanhada
Que cena engraçada
Um macaco com a velha
No rabo grudada (bis)

Porém, depois desse dia
As coisas muito mudaram
Simão e a Firinfinfelha
Até amigos ficaram

Porque se a Firinfinfelha
Surrou o macaco Simão
Quase ele mata a velhinha
Com a pele do leão

- Que coisa bonita
Digamos amém!
A velha e o macaco
Trocaram de bem

E tão amigos ficaram
Que a velha em vez de pancadas
Dava-lhe muitas bananas
E mesmo algumas cocadas

Só não ficava contente
Quando o macaco Simão
Ao som da sua viola
Cantava aquela canção

- Sinhá velha me enganou
Com o boneco de alcatrão
Enganei a sinhá velha
Com a pele de leão (bis)

Bililim bililim
Bololom bololom
Ninguém deve enganar
O macaco Simão.






COLAGEM COM PRATO DESCARTÁVEL

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