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Professora graduada no Curso Normal Superior pela Universidade de Uberaba-MG,pós-graduada em Coordenação Pedagógica-UFOP-MG, atuando na área de Ensino Fundamental e Médio.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

MARCELO, MARMELO, MARTELO



Ilustração: Mariana Massarani
Segmento: Fundamental 1
Indicação: A partir de 6 anos
Páginas: 64 páginas
Formato: 14,00 x 21,00 cm
ISBN: 9788516071498









Qual a origem do meu nome?
Planejamento para disciplina de Língua Portuguesa – 3º Ano do Ensino Fundamental I.
Disciplina: Português
Conteúdo: Produção de texto e ensaio teatral
Ano de ensino: 3º ano
Tema: Qual a origem do meu nome?
Objetivo: 
Conhecer a origem do seu nome e dos seus colegas; produzir um pequeno texto e dramatizar uma peça.
Material: 
Folha sulfite, alfabeto móvel, lápis, borracha, giz de cera, papel cartaz, cola, tesoura.
Conhecimento prévio:
Produzir frases com o objetivo de produzir pequenos textos.
Atividade motivacional: 
Organize a turma em círculo para uma apresentação inicial do seu nome e a sua origem, por exemplo: por que seus pais escolheram este nome.
Ao longo da conversa, cada criança irá expor seu nome e sua origem. Se a criança não souber a origem, deve perguntar para os pais e contar no dia seguinte para a turma. Neste momento, a professora deixará a conversa fluir livremente, fazendo intervenções quando necessário.
Encaminhamento metodológico: 
Terminada a conversa, disponibilize revistas velhas para os alunos recortarem as letras que compõem os seus nomes. Logo após, solicite que escrevam seus nomes em uma folha sulfite, escrevendo um pequeno texto que relate a origem dos nomes e o porquê da escolha. 
Faça a digitalização dos textos produzidos pelos alunos, com a finalidade de produzir um livro em que cada criança teve uma página de sua autoria. Esse trabalho pode ser exposto na escola e para os pais.
Esse livro conta sobre o nome das coisas e das pessoas. Descreve a importância da nomeação e ao mesmo tempo é divertido e envolvente.
Organize a turma para realizar uma peça de teatro do Marcelo, marmelo, martelo. Pedir que eles escrevam as falas, com apoio do livro, e se organizem por si próprios com definições de papéis e funções (se for necessário faça a intervenção).
Essa dramatização pode ser apresentada para familiares e colegas da escola. Se for apresentada aos pais, é importante e interessante fazer convites para os pais irem assistir à peça teatral.
Os convites podem ser confeccionados pelos próprios alunos, com auxílio se necessário.
Avaliação:Jogo da forca.
Iniciar colocando a forca no quadro com palavras do livro Marcelo, marmelo, martelo. (Algumas opções de palavras.)
___ ____ ____ ____ ____ ____ ____ (MARTELO)
___ ___ ___ ____ ____ ____ ____ (FUTEBOL)
___ ___ ___ ___ (BOLO)
___ ___ ___ ___ ___ ___ ____ ____ ____ ____ (SUCO DE VACA)
Criado por Ana Paula Lohn e Fernanda França. Janeiro/2010

Para os pequenos: Marcelo, Marmelo, Martelo

Quem é que não conhece a famosa história da escritora infantil Ruth Rocha intitulada Marcelo, Marmelo, Martelo? Pois bem, o universo lúdico da literatura permite amplas reflexões linguísticas. Marcelo, certo dia, começa a perceber o que, na linguística saussuriana, nomeia-se como “arbitrariedade do signo”.

De modo geral, diz-se que a relação que une o significado (o conceito) ao significante (aquilo que se ouve) é marcada pela arbitrariedade, porque há sempre uma convenção reconhecida pelos falantes de uma língua, ou seja, não existe uma relação natural entre a realidade fonética de um signo linguístico e o seu significado. E é exatamente isso que começa a incomodar Marcelo, que passa a perguntar: “Pai, por que mesa chama mesa?” Ao ouvir que muitas palavras vêm do latim, Marcelo se assusta. Latim seria uma língua de cachorro?

Marcelo, então, resolve nomear o mundo à sua maneira, eliminando a arbitrariedade do signo e atrelando o significante ao significado. Certo dia, um susto! “Mamãe, me passa o mexedor?” E o que haveria de ser mexedor? A colher, já que mexedor seria um nome muito mais adequado a uma colher que é usada, afinal de contas, para mexer! Com o passar do tempo, a coisa fica complicada, pois nem sempre Marcelo consegue se comunicar com as pessoas, já que ele adquiriu um vocabulário completamente novo e diferente da “convenção dos falantes”. E há quem diga que linguística não pode ser aplicada em sala de aula, ainda mais com os menores! O livro pode ser adotado pelo 2º ano e lido com você. Já com o primeiro ano vale a contação de história ou a leitura em voz alta, mostrando as ilustrações.

Sistematizando o conceito

Depois de ler o livro com os alunos, é hora de sistematizar o conceito, apresentando aos alunos a classe de palavras com a qual o Marcelo se encantou e subverteu: o substantivo. Dá-se o nome de substantivo a todas as palavras que nomeiam seres, lugares, objetos, sentimentos etc. Se a turma já aprendeu os adjetivos, é possível tecer as relações: os adjetivos qualificam os substantivos, atribuem valor às coisas do mundo.

Nomeando o mundo à nossa maneira!

Agora é a hora de brincar de nomear as coisas do nosso modo, assim como fez Marcelo! Proponha uma série de palavras aos alunos e peça que eles deem nomes às coisas de acordo com a sua função. Para os mais velhos, dos 3º e 4º anos, você pode reuni-los em grupo e entregar tabelas para serem preenchidas, por exemplo:


Em letra cursiva, exemplifica-se o preenchimento da tabela pelos alunos. Eles deverão ora definir um substantivo, ora descobrir de que substantivo se trata e também dar um novo nome às coisas do mundo de acordo com sua função! Uma atividade como essa requisita que o aluno exerça uma série de habilidades: atribuição de conceito, ampliação do vocabulário e criatividade.


Aprofundando o conceito de substantivo

Depois de sistematizado o conceito de substantivo, entregue a letra da música Diariamente, famosa na voz de Maria Monte, que lista uma série de substantivos. É interessante que, antes de ouvir a música, os alunos leiam a letra em silêncio. Só depois você deve ler a letra em voz alta e, por fim, tocar a música. Esclareça dúvidas referentes ao vocabulário. Questione aos alunos: “O que Marisa Monte lista em sua música? Qual a classe de palavras que tem destaque na letra?”. Aponte o fato de que, como os alunos fizeram em atividades anteriores, Marisa Monte também define os substantivos a partir de sua função. Descoberta a resposta, grife com os alunos alguns substantivos específicos presentes na letra, por exemplo:

1. calculadora 2. temporada 3. café 4. jacaré 5. homem-rã 6. repouso 7.guarda-sol 8. Avon 9. Volkswagen

A partir desses substantivos (ou outros da música) você poderá iniciar um módulo de aprofundamento. Inicie pelos substantivos primitivos e derivados. Antes de mais nada, apresente o conceito aos alunos.

Substantivos primitivos e derivados

Subst antivos p rimitivo s são aqueles que não resultam de ou tra palavra da língua. Ex : pedra, flor, lápis. Já os subs tantivos derivados são aqueles que se originam de um subs tantivo primitivo. E x .: pedregulho, floricultura, lapiseira. Peça aos alunos para identificar, dos substantivos d estacados, um substantivo primitivo e outro derivado. Café, p or exemplo, é subs tantivo primitivo do qual outros irão s e formar: cafeína e cafeteira. Já calculadora e temporada são derivados de c álculo e de tempo.

Substantivos concretos e abstratos

Geralmente, os substantivos concretos e abstratos são os mais complexos e difíceis para a assimilação. Substantivos concretos são aqueles que nomeiam seres reais ou fictícios. Ex.: pessoas, prefeitos, deuses, ninfas. Substantivos abstratos são aqueles que se referem a uma ação, qualidade, estado ou sentimento. Ex.: abraço, beleza, frio, estranheza, amor. Mostre aos alunos que Marisa Monte faz uso em sua maioria de substantivos concretos: Omo, litoral, jacaré, calculadora, mas “repouso” indica uma ação (repousar), sendo, portanto, um substantivo abstrato.

Substantivos próprios e comuns

Substantivos próprios são concretos e designam a particularidade de seres como pessoas, países, cidades e instituições. Ex.: Gabriela, Mário, Natura, São Paulo, Alemanha. Substantivos comuns são aqueles que designam os seres em sua generalidade: rio, cidade, criança, mesa. Peça, então, que os alunos encontrem substantivo simples como café e próprios como Avon e Volkswagen.

Substantivos simples e compostos

Agora é a hora dos substantivos simples e compostos. Substantivos simples são aqueles formados por um só radical, ou seja, uma só palavra. Ex. : sol, céu, menino. Substantivos compos tos são aqueles que apresentam mais de um radical. Ex. girassol, guarda-chuva, passatempo. Novamente, peça aos alunos que identifique substantivos simples como café e calculadora e os compostos que seriam homem-rã e guardasol.


Produção textual

Como Marisa Monte não explora os substantivos abstratos, vale a reescrita da música, mas, agora, usando e abusando dos substantivos abstratos. Por exemplo: “para solidão: amor, para frio: calor, para medo: amizade”. O objetivo é manter o viés poético do texto, possibilitando aos alunos a expressão, sobretudo, de sentimentos.

Depois, compartilhe as produções textuais individuais, pedindo aos alunos que leiam para a turma. Se houver alguns alunos com habilidades musicais, peça que eles toquem com instrumentos, com a música de Marisa Monte ao fundo.

Diariamente
Marisa Monte

Para calar a boca: rícino
Pra lavar a roupa: omo
Para viagem longa: jato
Para difíceis contas: calculadora

Para o pneu na lona: jacaré
Para a pantalona: nesga
Para pular a onda: litoral
Para lápis ter ponta: apontador

Para o Pará e o Amazonas: látex
Para parar na Pamplona: Assis
Para trazer à tona: homem-rã
Para a melhor azeitona: Ibéria

Para o presente da noiva: marzipã
Para Adidas: o Conga nacional
Para o outono, a folha: exclusão
Para embaixo da sombra: guarda-sol

Para todas as coisas: dicionário
Para que fiquem prontas: paciência
Para dormir a fronha: madrigal
Para brincar na gangorra: dois

Para fazer uma touca: bobs
Para beber uma coca: drops
Para ferver uma sopa: graus
Para a luz lá na roça: duzentos e vinte volts

Para vigias em ronda: café
Para limpar a lousa: apagador
Para o beijo da moça: paladar
Para uma voz muito rouca: hortelã

Para a cor roxa: ataúde
Para a galocha: Verlon
Para ser "mother": melancia
Para abrir a rosa: temporada

Para aumentar a vitrola: sábado
Para a cama de mola: hóspede
Para trancar bem a porta: cadeado
Para que serve a calota: Volkswagen

Para quem não acorda: balde
Para a letra torta: pauta
Para parecer mais nova: Avon
Para os dias de prova: amnésia

Para estourar pipoca: barulho
Para quem se afoga: isopor
Para levar na escola: condução
Para os dias de folga: namorado

Para o automóvel que capota: guincho
Para fechar uma aposta: paraninfo
Para quem se comporta: brinde
Para a mulher que aborta: repouso

Para saber a resposta: vide-o-verso
Para escolher a compota: Jundiaí
Para a menina que engorda: hipofagin
Para a comida das orcas: krill

Para o telefone que toca
Para a água lá na poça
Para a mesa que vai ser posta
Para você, o que você gosta:
Diariamente.

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